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Não há motivos econômicos determinantes para a volta em grande estilo dos discos de vinil. Nostalgia não tem preço.
Lulu Santos, Paralamas do Sucesso, Diana Ross, Lionel Ritchie. Esses são artistas que estampam discos que o repórter Phelipe Siani herdou do avô, que achava que esse acervo histórico da música ia sumir completamente do mercado. Ele se achava um saudosista por isso. Só que, em 2016, os vinis estão super na moda e o motivo é surpreendente.
Porque muitas das máquinas antigas de vinil estão voltando a funcionar. Algumas, por exemplo, são de 1954. Eram da Continental, a empresa que fabricava, por exemplo, os discos do grupo Secos & Molhados, de 1973. Essas máquinas foram compradas em um ferro-velho, quer dizer, tiveram que ser modernizadas.
Mas como a gente está em 2016, as prensas da década de 1950 tiveram que ser modernizadas e aí elas acabaram ganhando painel de controle digital que vai fazer com que todo o processo seja muito mais preciso. Deve ter dado muito trabalho pra colocar essas prensas para funcionar desse jeito, né?
"Bastante. Por um ano e meio nós reformamos ela para que tudo isso aconteça para ter um disco de qualidade. Praticamente nós usamos só a carcaça dela. O resto foi totalmente desenvolvido novamente", conta o técnico Luiz Bueno.
E tem disco que é fabricado no Brasil, em uma outra fábrica. Quando a fábrica de São Paulo ficar pronta com todas as sete prensas, ela vai ter capacidade de produzir mais de 10 mil discos por dia. Isso é mais do que é produzido na única fábrica que existe no Rio de Janeiro.
Depois de prensado, o vinil vai para um aparelho onde a bordas é cortada. Esse equipamento que existe no Rio é de 1979. Como essa máquina, existem outras quatro na mesma fábrica. Todas semi-automáticas, ou seja, quem dita o ritmo é o ser humano, é o operador.
No Brasil, foram fabricados em 2014 102 mil discos. Todos saíram da fábrica do Rio de Janeiro. Em 2015, no ano seguinte, foram 123 mil discos. A previsão dessa fábrica é encerrar este ano de 2016 com uns 20% de aumento na produção, ou seja, 150 mil discos fabricados.
E essa história de disco de vinil voltando à moda não é exclusividade só nossa. Na Inglaterra, por exemplo, as vendas desse tipo de mídia só aumentam, na contramão das quedas nas vendas de CDs. Um grande exemplo de tudo isso é o que está sendo feito nos estúdios que ficam perto da faixa de pedestres mais famosa do mundo.
No Reino Unido, os vinis atropelaram velhas marcas. No ano passado, esse "boom" ficou evidente: as vendas ultrapassaram a dois milhões de cópias de LPs, o que não acontecia há 21 anos. A prova de que isso não é passageiro está nos próprios estúdios de Abbey Road.
O lendário Abbey Road agora trabalha com uma nova tecnologia de remasterização de LPs. A promessa para os clientes é libertar aqueles graves e agudos da gravação que nunca foram fielmente reproduzidos. Abbey Road Studios começa com seis clássicos, incluindo "Exile on Main Street", dos Rolling Stones, e depois vai expandir a produção. Investimento em um setor dado como morto. O mundo dá mesmo voltas.
As grandes lojas também já mergulharam de volta nesse mercado. Não é só uma coisa retrita a um nicho. Existe muito espaço para as bolachonas. A explicação está nos números: nos Estados Unidos, por exemplo, o maior consumidor de música do mundo, o vinil ainda vende menos que o CD, mas rende mais dinheiro para as gravadadoras do que as músicas compradas pela internet, que a gente ouve no computador ou no celular.
Os números do vinil estão melhorando ano a ano e o faturamento já se aproxima dos valores de 1988, quando o CD era a novidade. No Brasil não é diferente porque tem muita gente apaixonada pelas bolachonas.
"Você vê o vinil tocar, pode movimentar. mexer no encarte, na disposição. Para mim é uma coisa mais quente, uma coisa que dá mais entusiasmo do que o próprio CD", diz Marco Aurélio da Silva, administrador de rede.
Paixão pelo entusiasmo e pela possibilidade de romantismo. "Você está em um romantismo e aí você quer ouvir uma música 'opa, deixa eu ir lá colocar uma música praquela preta, lá. pra mina ouvir'. Você pega o vinil, deixa ele bem bonitinho para colocar na bolacha, arruma também um vinho, liga pra mina e vai. É o 'crima'. Nossa, essa aí vc acertou bem no meu coração", define Nego Chique, produtor musical.
É...vai ver que todo esse sucesso vem do tal clima que só o vinil dá.
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